CONTENTORES PARA LIXO: O TRAMPOLIM DA RECICLAGEM.

Nunca se ouviu falar tanto de resíduos sólidos, aterros sanitários, coleta seletiva e problemas ocasionados pelo famoso, velho e conhecido LIXO. O assunto esta em destaque fazendo jus a 19 longos anos de impasse da Política Nacional de Resíduos Sólidos PNRS (Lei 12.305/2010 Decreto 7404) que foi assinada e regulamentada no ano passado, estabelecendo prazos para a gestão eficiente dos resíduos em todos os níveis.

Como cidadãos, devemos saber e agir de acordo com essa Lei que nos confere direitos e em contrapartida uma porção de responsabilidades como geradores de resíduos. Uma delas, e bem conhecida, é a segregação dos resíduos recicláveis permitindo a coleta seletiva, e, o encaminhamento correto desses materiais.
Já os órgãos públicos terão que, entre outros pontos, fechar a cadeia da reciclagem garantindo assim que o primeiro passo do cidadão – a separação – conclua o ciclo até voltar às prateleiras como produto novamente.
A cidade de Paulínia é um bom exemplo de gerenciamento integrado de resíduos. Lá, em alguns bairros, o cidadão pode dispor seus resíduos recicláveis e os não recicláveis a qualquer momento, pois existe o sistema de contenerização de resíduos, isso é a disponibilização de contentores de lixo em pontos estratégicos, permitindo um armazenamento adequado até o momento da coleta que é realizada maneira mecanizada, onde os resíduos são transferidos para o caminhão sem esforço físico e contato manual com o resíduo.
É necessário assumir a parcela de responsabilidade que nos cabe e junto a isso exigir medidas funcionais dos governantes, pois é muito comum o termo “jogar fora”. E a pergunta que fica é: fora da onde? Do espaço que lhe pertence? Precisamos enxergar macro e agir, ver alem dos muros da nossa casa, nosso trabalho. Estamos jogando toda essa sujeira em baixo do tapete. Tapete esse que é fornecedor de alimento, leito de rios, fonte de vida!
Coluna: Camila Passarella Bortoletto – Gerente de Sustentabilidade – Contemar Ambiental