Lixo contaminado: onde é feito o descarte?

É importante reciclar resíduos, mas nem tudo o que se joga fora pode ser reaproveitado. Muito do material descartado pode infectar tanto pessoas quanto o ambiente, causando problemas sérios de saúde. Então, o chamado lixo contaminado precisa ser eliminado corretamente para não causar problemas à população — tanto que a Anvisa criou protocolos para seu descarte.

Mas o que é lixo contaminado? O que fazer quando descartá-lo? Tire suas dúvidas neste post: 

O que é lixo contaminado?

Também chamado de infectante, o lixo contaminado é aquele capaz de causar doenças e comprometer a saúde pública tanto pelo contato direto quanto pelo meio ambiente. 

Quando tem origem hospitalar, o lixo contaminado pode ter caráter tóxico, infeccioso ou radioativo. No entanto, o lixo infectante é o que tem maior poder de contaminar pessoas e ambientes, causando doenças sérias.

Além disso, quando entra em contato com o solo, contamina e pode causar sérios danos à vegetação. Já na água, pode contaminar qualquer organismo que entre em contato com ela.

Portanto, é necessário adotar um protocolo de procedimentos técnicos adequados para manejar esse tipo de lixo.

Quais são os tipos de lixo contaminado?

Os resíduos hospitalares são divididos em 5 grupos (A, B, C, D e E), em que o grupo A é o de lixo infectante. No entanto, os grupos B (químicos), C (radioativos) e E (perfurocortantes) também são considerados infecciosos. 

São considerados resíduos infectantes:

  • sangue, bolsas transfusionais e hemoderivados (albumina, as imunoglobulinas, os complexos protrombínicos);
  • lixo de sanitário de unidades de internação, atendimento ambiental e de laboratório de análises clínicas;
  • objetos perfurocortantes que sejam provenientes de estabelecimentos que prestem serviços de saúde;
  • meios de cultura (preparações químicas para o desenvolvimento de microrganismos);
  • órgãos, tecidos, peças anatômicas e fetos (tanto humanos quanto animais);
  • filtros de gases aspirados provenientes de áreas contaminadas;
  • lixo proveniente de áreas de isolamento, incluindo alimentar;
  • secreções, excreções e demais líquidos orgânicos.

Onde é feito o descarte do lixo contaminado?

O descarte do lixo hospitalar, principalmente o contaminado, deve seguir as diretrizes da RDC 306/2004 da Anvisa. Por isso, a equipe do hospital deve ser treinada para saber como lidar com os resíduos.

Então, o descarte do lixo deve passar pelas seguintes etapas:

Manejo

Ação de gerenciar os resíduos em seus aspectos dentro e fora do ambiente de saúde, desde a geração até a disposição final, passando pelas etapas de segregação (separação dos resíduos no momento e local de sua geração) e acondicionamento (embalar os resíduos segregados, em sacos ou recipientes que evitem vazamentos e resistam às ações de punctura e ruptura).

Identificação e transporte interno

Conjunto de medidas que permite o reconhecimento dos resíduos contidos nos sacos e recipientes como algo perigoso. Para isso, deve estar nos sacos de acondicionamento, nos recipientes de coleta interna e externa, nos recipientes de transporte interno e externo, e nos locais de armazenamento, com a etiqueta equivalente ao tipo de lixo acondicionado.

Já o transporte interno é o traslado dos resíduos dos pontos de geração até local destinado ao armazenamento temporário externo com a finalidade de apresentação para a coleta.

Armazenamento temporário e tratamento

O armazenamento temporário é a guarda dos recipientes contendo os resíduos acondicionados, por um período, em local próximo aos pontos de geração. Já o tratamento é a aplicação de método que possa reduzir ou eliminar o risco de contaminação do resíduo.

Armazenamento externo

Guarda dos recipientes de resíduos até a realização da etapa de coleta externa, em ambiente exclusivo com acesso facilitado para os veículos coletores.

Coleta e transporte externos

Remoção dos resíduos da unidade de tratamento ou disposição final, utilizando-se técnicas que garantam a preservação das condições de acondicionamento e a integridade dos trabalhadores, devendo estar de acordo com as orientações dos órgãos de limpeza urbana;

Disposição final

É a disposição de resíduos no solo, previamente preparado para recebê-los, obedecendo a critérios técnicos de construção e operação, e com licenciamento ambiental de acordo com a Resolução CONAMA nº.237/97.

A Contemar Ambiental oferece o serviço de coleta, tratamento e destinação final do lixo contaminado em uma moderna unidade de tratamento, atendendo a todas as diretrizes da Anvisa. Além de contar com profissionais qualificados e autorização de operação da CETESB, a empresa também faz a emissão de todos os documentos necessários, como CADRI e MTR.

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